terça-feira, 25 de agosto de 2009

Hiperparatireoidismo




Uma vez que o tecido ósseo do paciente urêmico apresenta a chamada resistência óssea à ação calcêmica do PTH, níveis cada vez mais elevados do hormônio são necessários para a manutenção da calcemia. É por essa razão, que vários estudos tem demonstrado que os níveis de PTH, capazes de elevar o turnover ósseo, estão em torno de 3 a 4 vezes o valor superior da normalidade. Um estudo de Sherrard e cols. aponta como 350 pg/mL o nível médio ideal de PTH para a manutenção do turnover ósseo de pacientes urêmicos na fase pré-dialítica.

Assim, acreditamos que em nosso meio, a maior exposição solar a que estamos submetidos (maior síntese de precursores de vitamina D) e a baixa ingestão de fósforo na vigência de graus moderados de insuficiência renal são fatores que podem ser responsabilizados pela maior prevalência de doenças ósseas de baixo turnover, diferentemente do que se espera de pacientes em países desenvolvidos.

Dessa forma, devemos tratar a osteodistrofia renal na fase pré-dialítica de maneira individualizada, prevenindo as doenças ósseas de baixo turnover, através de orientação nutricional adequada, do uso criterioso de suplementação de cálcio e da não utilização de derivados da vitamina D. Por outro lado, o hiperparatireoidismo secundário, embora menos prevalente, deve ser também prevenido e sofrer intervenção terapêutica quando os níveis de PTH ultrapassarem a faixa ideal para esse grau de insuficiência renal.

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