quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Isquemia



Necrose de Coagulação ou Isquemia é a falta de suprimento sangüíneo para um tecido orgânico. Como o sangue, através das hemácias (glóbulos vermelhos) é o responsável por levar o oxigênio às células, a isquemia dá origem à hipóxia. Como exemplo, a isquemia de uma parte do coração leva ao enfarte ou infarto agudo do miocárdio (conhecido popularmente como infarte do coração, ou IAM) e a isquemia de uma parte do cérebro leva ao acidente vascular cerebral (AVC), conhecido como "trombose" (embora nem sempre seja causada por trombos, pode ser também por estenose (estreitamento e/ou bloqueio de uma artéria) e assim por diante.

Um dos fatores que pode levar a uma isquemia é, por exemplo, a arteriosclerose causada pela combinação de hiperlipidemia e hipertensão nos pacientes que sofrem de diabetes mellitus. Esta isquemia pode levar a muitos danos ao corpo, tais como:

* Disfunção erétil.
* Torpor de extremidades (perda parcial ou total da sensibilidade em uma extremidade do corpo).
* Retinopatia diabética.
* Acidentes vasculares.

Vale ressaltar que a arteriosclerose é, ao lado do câncer, um dos maiores causadores de óbito nos países desenvolvidos, atingindo principalmente os idosos.

Se a eliminação do fornecimento de sangue ao tecido muscular cardíaco é completa, ocorre:

* Privação da ATP e da fosfocreatina
* Acumulação de lactato

Isto leva a uma ausência de contracção muscular cardíaca que por sua vez leva a uma necrose (morte) celular dos tecidos isquémicos, obrigando à amputação de membros.

Se a eliminação do fornecimento de sangue ao coração for gradual, ocorre:

* Diminuição da concentração de oxigénio
* Dependência do metabolismo anaeróbio
* Pouca B-oxidação dos ácidos gordos
* Disfunção contráctil

Ao restabelecer-se a corrente sanguínea, verifica-se um aumento da B-oxidação dos ácidos gordos e uma diminuição da actividade da PDH (pois a principal fonte de energia volta a ser os ácidos gordos e não o piruvato/lactato)

Durante vários períodos da medicina, a isquemia não foi estudada como um fator, e sim como uma doença. Wilmmore & Costill (1941), desenvolveram o método Boll-Scher de estudo e constataram que ela era somente o fator desencadeante de uma série de outros pre-dispostos clínicos.

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